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Respostas fisiológicas à suplementação de beta-alanina

Estudos mostram que a suplementação de Beta-Alanina pode melhorar a capacidade de realizar exercícios de alta intensidade

SENTOSA, SINGAPORE - FEBRUARY 23, 2019: during the Womens Eliminator at One Degree 15 Marina Sentosa Cove on February 23, 2019 in Sentosa, Singapore. (Photo by That Cameraman/ Darren Wheeler/Superleague Triathlon)

A queimação que sentimos nos músculos, durante exercícios de alta intensidade, pode ser explicada parcialmente pela liberação de metabólitos dos músculos que levam à acidificação e promovem diferentes sinalizações no ambiente muscular. Nesse sentido, algumas estratégias, como através da suplementação, têm sido adotadas para controlar esse processo que limitaria o desempenho esportivo.

A Beta-Alanina é um aminoácido não-essencial, que pode ser produzido pelo fígado e obtido através do consumo alimentar (por exemplo, carnes) e através de suplementos. O efeito direto da Beta-Alanina é limitado, porém, pode elevar a síntese de Carnosina na musculatura em até 80%. A Carnosina por sua vez, possui diversos efeitos importantes para a fisiologia muscular: aumento da sensibilidade ao cálcio intracelular (mecanismo chave da contração muscular), melhor tamponamento dos íons H+, favorecendo equilíbrio ácido-base e controle do ph, e efeito antioxidante durante exercícios físicos intensos.

Estudos mostram que a suplementação de Beta-Alanina é capaz de melhorar a capacidade de realizar exercícios de alta intensidade e o desempenho nestes, retardando a fadiga, além de correlacionar-se com ganhos de massa magra.

Agora, como o efeito da Carnosina se dá justamente em alterações associadas ao treinamento de alta intensidade, esse suplemento não faria sentido fisiológico para o treinamento em baixa intensidade.

Gustavo Monnerat é PhD em Fisiologia UFRJ/Bonn Universität

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